Resultado por Perfil de Investimentos:
O mês de setembro/21 podemos considerar que tivemos uma “Tempestade Perfeita*” no mercado, principalmente para os ativos de maior risco
* refere-se à situação em geral não favorável, que é agravada pela ocorrência de uma combinação de circunstâncias
Na ótica do cenário global, presenciamos maiores desafios nas principais economias ao redor do globo, que afetam diretamente as demais, principalmente as emergentes.
Iniciando pela China, que já vinha num período de desaceleração, refletindo novos surtos da Covid-19, houve uma acentuação maior devido alguns outros eventos, visto que: i) mudança de postura do governo chinês em buscar regular de forma restritiva alguns setores que lideram inovação tecnológica no país; ii) evento da Evergrande, segunda maior incorporadora de imóveis da China, acendendo um alerta que pode ser apenas um problema de outros que há no mercado imobiliário chinês; iii) também a preocupação energética do país, devido ao aumento do preço do carvão, base da matriz energética chinesa, provocado por um maior endurecimento as leis para indústrias de alto consumo de energia, prejudicando a produção do carvão e consequentemente, falta de energia em algumas regiões. Essa iniciativa do governo chinês é visando uma transição para energia limpa, cujo objetivo é diminuir a emissão de carbono.
Outra preocupação do mercado foi com a normalização da política monetária nos EUA, ou seja, reduzir a circulação do dinheiro em sua economia, para conter o ritmo crescente da inflação. O banco central dos EUA, FED, sinalizou em sua última reunião que entre outubro ou novembro/21, que pode iniciar essa normalização, através da redução de compra de títulos do governo federal e hipotecários, conhecido como tapering. Para conhecimento, atualmente tem ocorrido compras em torno de US$ 120 bilhões por mês, valor que automaticamente vai para a economia do país, parte incentivando o consumo. A ideia será diminuir em torno de US$ 15 bilhões mensalmente, encerrando em meados de junho/22. Após esgotar essa alternativa e se a inflação não estiver sob controle, uma nova investida pode ser o aumento da taxa básica de juros.
No final do mês, iniciou também um anseio maior na Europa com relação a uma possível crise energética, sendo que sua matriz energética atual é através de gás natural. Houve uma diminuição do fluxo de gás para Europa do seu principal fornecedor, a Rússia e, consequentemente um aumento do preço, que além de contribuir por um receio de falta de energia, colabora também para a pressão inflacionária, devido à alta do preço do gás, relação demanda versus oferta.
Com relação ao cenário doméstico, não por menos, fomos afetados pelas questões citadas anteriormente com o cenário internacional, principalmente com China, EUA e Europa, os principais parceiros econômicos do Brasil, porém, os nossos desafios internos não ficaram para trás, como: i) um temor de uma crise institucional logo no início do mês (07 de setembro) entre os poderes, especialmente entre o Executivo e o Judiciário; ii) a pressão inflacionária persistente, fechando o mês de agosto com um IPCA (índice de inflação oficial do país) em 9,68%; iii) devido à pressão inflacionária, o banco central brasileiro, BACEN, se posicionando na utilização de uma das ferramentas da Política Monetária, aumento da taxa de básica de juros, taxa Selic, para conter a inflação. O mês encerrou com a taxa Selic em 6,25%, e o mercado precificando encerrar o ano com uma taxa Selic na casa de 8% e 2022 próximo a 10%; iv) por último, o temor ainda para 2022, com relação a parte fiscal, ligado ao pagamento dos precatórios e o aumento do valor do novo Bolsa Família, rebatizado para Auxílio Brasil, ou seja, qual será a fonte de recursos para comportar essas questões no orçamento, sem estourar o Teto de Gastos.
Devido ao cenário desafiador e de alta volatilidade nos mercados, os ativos de risco, como as ações domésticas (Ibovespa) e os títulos públicos federais (pré-fixado e IMA-B), que possuem boa representatividade dos nossos portfólios, encerraram o mês no campo negativo, conforme gráfico abaixo dos principais índices de mercado.
Índices de Mercado
Superconservador
Indicadores | Setembro | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Perfil Super Conservador | 0.55% | 2.54% | 3.18% | 4.94% | 16.85% |
CDI | 0.44% | 2.51% | 2.99% | 6.65% | 13.35% |
IPCA (Inflação) | 1.16% | 6.90% | 10.25% | 13.70% | 16.99% |
Poupança | 0.30% | 1.67% | 2.02% | 4.74% | 9.45% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | -6.57% | -6.57% | 17.31% | 5.95% | 39.87% |
Dólar | 5.76% | 4.67% | -3.57% | 30.62% | 35.85% |
MSCI Word em BRL | 1.22% | 16.99% | 22.47% | 80.14% | 87.02% |
O perfil Super Conservador apresentou resultado positivo de 0,55%, resultado acima do IMA-S, índice que serve de referência para a carteira que foi 0,49% no mês. O respectivo é composto por 95.96% de títulos públicos federais, Tesouro Selic, pós-fixado, que buscam refletir a taxa básica de juros, Selic e ainda apresenta uma parcela de 4.04% de operações com participantes (empréstimo).
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, entrega um resultado de 126% do CDI no acumulado e um ganho real descontado o IPCA, ou seja, acima da inflação de 0,16% ao ano, que satisfaz o objetivo da previdência privada, ter uma visão de longo prazo.
Válido ressaltar também que esse perfil de investimentos apresenta um nível de risco inferior aos demais, por esse motivo a probabilidade é de apresentar um resultado menor ao longo do tempo, em função que o respectivo tem como característica preservação de capital, para aqueles participantes que estão próximos a se aposentar ou já estão aposentados ou são totalmente avesso ao risco.
Conservador
Indicadores | Setembro | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Conservador | -0.39% | -0.72% | 3.95% | 6.51% | 26.78% |
CDI | 0.44% | 2.51% | 2.99% | 6.65% | 13.35% |
IPCA (Inflação) | 1.16% | 6.90% | 10.25% | 13.70% | 16.99% |
Poupança | 0.30% | 1.67% | 2.02% | 4.74% | 9.45% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | -6.57% | -6.57% | 17.31% | 5.95% | 39.87% |
Dólar | 5.76% | 4.67% | -3.57% | 30.62% | 35.85% |
MSCI Word em BRL | 1.22% | 16.99% | 22.47% | 80.14% | 87.02% |
O perfil Conservador apresentou rentabilidade negativa de 0,39% no mês, impactado pelas razões citadas no cenário econômico, como os problemas internacionais (crise energética, dúvidas relacionadas ao setor imobiliário na China e possibilidade de início da redução do estímulo monetário nos EUA) e continuidade com os anseios relacionados a questão fiscal brasileira para 2022, que tem pesado bastante no mercado.
O perfil Conservador possui um nível de diversificação e risco maior que o Super Conservador, conforme composição a seguir:
Composição Perfil Conservador
As estratégias que foram detratoras de resultado no mês foram Renda Variável doméstica (Ações) com -0,64% e Exterior com -0,04%. Em razão que o portfólio é diversificado, as estratégias de Renda Fixa e Estruturado (Multimercado e Private Equity), contribuíram para que o resultado não fosse mais negativo, apresentado resultados de 0,24% e 0,05%.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, entrega um resultado de 200,5% do CDI no acumulado e um ganho real descontado o IPCA, ou seja, acima da inflação de 2,9% ao ano, que satisfaz o objetivo da previdência privada, ter uma visão de longo prazo.
Moderado
Indicadores | Setembro | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Moderado | -1.67% | -.74% | 6.06% | 10.36% | 35.20% |
CDI | 0.44% | 2.51% | 2.99% | 6.65% | 13.35% |
IPCA (Inflação) | 1.16% | 6.90% | 10.25% | 13.70% | 16.99% |
Poupança | 0.30% | 1.67% | 2.02% | 4.74% | 9.45% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | -6.57% | -6.57% | 17.31% | 5.95% | 39.87% |
Dólar | 5.76% | 4.67% | -3.57% | 30.62% | 35.85% |
MSCI Word em BRL | 1.22% | 16.99% | 22.47% | 80.14% | 87.02% |
O perfil Moderado apresentou rentabilidade negativa de 1,67% no mês, impactado pelas razões citadas no cenário econômico, como os problemas internacionais (crise energética, dúvidas relacionadas ao setor imobiliário na China e possibilidade de início da redução do estímulo monetário nos EUA) e continuidade com os anseios relacionados a questão fiscal brasileira para 2022, que tem pesado bastante no mercado. O respectivo apresenta um resultado mais negativo se comparado com o perfil Conservador, devido possuir uma exposição maior em Renda Variável (doméstica), que foi o principal detrator de resultado no mês.
O perfil Moderado a seguinte composição:
Composição Perfil Moderado
As estratégias que foram detratoras de resultado no mês foram Renda Variável doméstica (Ações) com -1,77%, Exterior com -0,05% e Estruturado (Multimercado e Private Equity) com -0,03%, nessa estratégia especificamente com a marcação a mercado de um Private Equity. Em razão que o portfólio é diversificado, a estratégia de Renda Fixa contribuiu para que o resultado não fosse mais negativo, apresentado resultado de 0,18%.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, entrega um resultado de 263,6% do CDI no acumulado e um ganho real descontado o IPCA, ou seja, acima da inflação de 5,1% ao ano, que satisfaz o objetivo da previdência privada, ter uma visão de longo prazo.
Agressivo
Indicadores | Setembro | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Agressivo | -2.46% | -0.68% | 7.39% | 12.97% | 40.06% |
CDI | 0.44% | 2.51% | 2.99% | 6.65% | 13.35% |
IPCA (Inflação) | 1.16% | 6.90% | 10.25% | 13.70% | 16.99% |
Poupança | 0.30% | 1.67% | 2.02% | 4.74% | 9.45% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | -6.57% | -6.57% | 17.31% | 5.95% | 39.87% |
Dólar | 5.76% | 4.67% | -3.57% | 30.62% | 35.85% |
MSCI Word em BRL | 1.22% | 16.99% | 22.47% | 80.14% | 87.02% |
O perfil Agressivo apresentou rentabilidade negativa de 2,46% no mês, impactado pelas razões citadas no cenário econômico, como os problemas internacionais (crise energética, dúvidas relacionadas ao setor imobiliário na China e possibilidade de início da redução do estímulo monetário nos EUA) e continuidade com os anseios relacionados a questão fiscal brasileira para 2022, que tem pesado bastante no mercado. O respectivo apresenta um resultado mais negativo se comparado com o perfil Conservador, devido possuir uma exposição maior em Renda Variável (doméstica), que foi o principal detrator de resultado no mês.
Composição Perfil Agressivo
As estratégias que foram detratoras de resultado no mês foram Renda Variável doméstica (Ações) com -2,43%, Exterior com -0,06% e Estruturado (Multimercado e Private Equity) com -0,10%, nessa estratégia especificamente com a marcação a mercado de um Private Equity. Em razão que o portfólio é diversificado, a estratégia de Renda Fixa contribuiu para que o resultado não fosse mais negativo, apresentado resultado de 0,13%.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, está entregando um resultado de 300,1% do CDI no acumulado e um ganho real descontado o IPCA, ou seja, acima da inflação de 6,4% ao ano, que satisfaz o objetivo da previdência privada, ter uma visão de longo prazo.