Resultado por Perfil de Investimentos:
No mês de março/24 o principal tema não foi diferente dos outros meses, tendo no centro das atenções o juro americano. Apesar de ter sido um mês sem grandes alterações na curva de juros por lá, expectativas que vieram dos membros do FED (banco central americano), que a taxa de juro americana para os anos de 2025 e 2026 teve uma leve alta na expectativa, fez com que os analistas de mercado, diminuíssem o número de cortes para 2024, de 4 para 3, esperando fechar 2024 próxima de 4,5% a 4,75%, sendo que a taxa atualmente se encontra estacionada entre 5,25% e 5,50%. Como foi citado na prévia do mês anterior e continua ainda a discussão no mercado é de quanto deve ser o juro neutro necessário nos EUA, ou seja, qual seria a taxa adequada para estímulo do país sem gerar instabilidade na inflação ao longo do tempo, pois, por mais que os juros estejam num patamar alto, a inflação americana tem se mostrado comportada ultimamente, levando os questionamentos se a taxa neutra do país agora, que antes da pandemia era 0%, não deve ficar próxima de 2%, um novo normal?
Por curiosidade, nos processos de afrouxamento monetário (redução da taxa de juros) anteriores realizados pelo FED, a velocidade da redução foi um pouco mais alta, em virtude que os EUA teve alguns eventos que exigiram esta postura para reerguer a Economia, como: 2001, estouro da bolha da Nasdaq, empresas de teconologia | 2007 e 2008, Grande Crise Financeira, subprime | 2019 e 2020, Covid, mas este evento, logo após a injeção de recursos no mercado, precisou subir a taxa de juros para o patamar atual, para contenção da inflação, porém, para o momento que estamos, apesar de questões geopolíticas ativas ou proximidade das eleições nos EUA, a economia continua bem, inflação até comportada se comparada com alguns meses atrás, desta forma, não justificando uma aceleração no “pace” da redução de juros, ou seja, estão procurando ser cautelosos. O mercado acionário global, considerando o MSCI World em US$, ou seja, com hedge cambial, valorizou +2,98% no mês e 8,43% no ano, pegando ainda carona nas empresas de tecnologia, como a Nvidia, fabricante de chip, teve uma valorização de +15,1% no mês.
O mercado brasileiro, principalmente olhando para a Renda Fixa de longo prazo, hoje medida através do IMA-B 5+, que reflete uma cesta de títulos públicos federais indexados ao IPCA, as NTN-Bs, com vencimento superior a 5 anos, sentiu um pouco mais, este indicador desvalorizou -0,55% no mês e -1,51% no ano, por conta dos olhares citados anteriormente quanto aos juros americanos, mas também teve os seus desafios internos, como uma expectativa maior da inflação no mês de fevereiro/24, divulgada em março, que foi de 0,83% versus a expectativa do mercado financeiro que era de 0,78%, além das dúvidas quanto a questão fiscal que ainda pairam no ar e automaticamente deixa o país em um nível de juro real alto, ou seja, acima de 5% da Taxa Selic, que nos coloca a economia num campo restritivo para crescimento do país. Um dado interessante de se olhar, outro período recente que houve este patamar de juro real foi entre 2014 e 2016, quando havia grandes incertezas na parte fiscal também, mantendo o juro real consistente acima de 5,5% por um período razoável.
Já olhando o mercado acionário brasileiro, medido através do Ibovespa, houve uma desvalorização de 0,71% no mês, acumulando no ano uma desvalorização de 4,53%, resultado impactado pelos juros americanos, pois quando há uma expectativa de maior juros nos EUA, os investidores estrangeiros costumam manter os recursos aplicados nos EUA, até pelo nível de segurança que o país proporciona, por exemplo, no primeiro trimestre de 2024 a estimativa é que o investidor estrangeiro tirou da B3, local que acontece as negociações no mercado acionário e outros, algo em torno de R$ 22,5 bilhões, ou seja, quase metade do que entrou (líquido) em 2023, que foi R$ 55,9 bi. Outro fator que afetou negativamente foi a questão relacionada aos dividendos da Petrobras, que configura na economia mista, que tem o capital aberto, mas tem o Estado brasileiro como maior acionista. Foi divulgado pagamento de dividendos menores, ou seja, apenas o mínimo, sem considerar os dividendos extraordionários, que foram duramente criticados pelo mercado, uma vez que o lucro líquido da companhia em 2023 foi o 2º maior da história, apesar de que foi inferior ao de 2022. Um dos motivos citados para o não pagamento dos dividendos extraordinários, foi que vão destinar parte dos ganhos para investimentos futuros, como especialmente para energia limpa, que gera uma apreensão no mercado, em virtude de investimentos passados que foram realizados e não houve sucesso.
Índices de Mercado
IMA-S (carteira de Títulos Públicos Federais indexados, pós fixados pela Selic) IMA-B (carteira de Títulos Públicos Federais indexados à inflação, IPCA) | IRF-M (carteira de Títulos Públicos Federais, pré-fixados) | MSCI World (carteira de ações negociadas ao redor do mundo)
Superconservador
Indicadores | Março | Ano | 12 meses | 24 meses | 36 meses | 60 meses |
---|---|---|---|---|---|---|
Super Conservador | 0,87% | 2,63% | 12,31% | 26,76% | 35,73% | 45,89% |
CDI (RF Curto Prazo) | 0,83% | 2,62% | 12,36% | 27,25% | 35,40% | 45,96% |
IPCA (Inflação) | 0,16% | 1,42% | 3,93% | 8,876% | 21,05% | 32,67% |
Poupança | 0,53% | 1,64% | 7,61% | 16,54% | 21,60% | 28,41% |
IMA-S | 0,86% | 2,69% | 12,58% | 27,70% | 36,64% | 46,71% |
IRF-M | 0,54% | 1,68% | 14,02% | 27,21% | 29,99% | 47,67% |
IMA-B | 0,08% | 0,18% | 11,79% | 20,18% | 25,60% | 51,33% |
IMA-B 5 (RF Médio Prazo) | 0,77% | 2,05% | 9,60% | 20,98% | 31,52% | 56,07% |
IMA-B 5+ (RF Longo Prazo) | -0,55% | -1,51% | 13,37% | 19,08% | 19,48% | 44,84% |
Ibovespa (Bolsa de Valores) | -0,71% | -4,53% | 25,73% | 6,74% | 9,81% | 34,26% |
MSCI World em US$ | 2,98% | 8,43% | 23,09% | 11,49% | 21,06% | 61,53% |
Dólar | 0,26% | 3,20% | -1,66% | 5,45% | -12,31% | 28,19% |
MSCI World em R$ | 3,25% | 11,91% | 21,06% | 19,84% | 8,20% | 111,01% |
O perfil Super Conservador apresentou resultado de +0,87%. O perfil é composto por 99% de títulos públicos federais (Tesouro Selic, pós-fixado), que buscam refletir a taxa básica de juros, Selic. Na composição ainda há uma parcela de 0,8% de operações com os participantes (empréstimos).
Composição do Perfil Superconservador
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 5 anos, entrega um resultado real (acima da inflação) anualizado de 1,92% e desde 2006, 4,997% também anualizado.
Válido ressaltar também que esse perfil de investimentos apresenta um nível de risco inferior aos demais, por esse motivo a probabilidade é de apresentar um resultado menor ao longo do tempo, em função que o respectivo tem como característica preservação de capital, para aqueles participantes que estão próximos a se aposentar ou já estão aposentados ou são totalmente avesso ao risco.
Conservador
Indicadores | Março | Ano | 12 meses | 24 meses | 36 meses | 60 meses |
---|---|---|---|---|---|---|
Conservador | 1,00% | 2,15% | 12,28% | 21,61% | 24,94% | 43,67% |
CDI (RF Curto Prazo) | 0,83% | 2,62% | 12,36% | 27,25% | 35,40% | 45,96% |
IPCA (Inflação) | 0,16% | 1,42% | 3,93% | 8,876% | 21,05% | 32,67% |
Poupança | 0,53% | 1,64% | 7,61% | 16,54% | 21,60% | 28,41% |
IMA-S | 0,86% | 2,69% | 12,58% | 27,70% | 36,64% | 46,71% |
IRF-M | 0,54% | 1,68% | 14,02% | 27,21% | 29,99% | 47,67% |
IMA-B | 0,08% | 0,18% | 11,79% | 20,18% | 25,60% | 51,33% |
IMA-B 5 (RF Médio Prazo) | 0,77% | 2,05% | 9,60% | 20,98% | 31,52% | 56,07% |
IMA-B 5+ (RF Longo Prazo) | -0,55% | -1,51% | 13,37% | 19,08% | 19,48% | 44,84% |
Ibovespa (Bolsa de Valores) | -0,71% | -4,53% | 25,73% | 6,74% | 9,81% | 34,26% |
MSCI World em US$ | 2,98% | 8,43% | 23,09% | 11,49% | 21,06% | 61,53% |
Dólar | 0,26% | 3,20% | -1,66% | 5,45% | -12,31% | 28,19% |
MSCI World em R$ | 3,25% | 11,91% | 21,06% | 19,84% | 8,20% | 111,01% |
O perfil Conservador apresentou rentabilidade de +1,00% no mês. O resultado no mês foi melhor, se comparado com o CDI por exemplo, apesar dos desafios ainda existentes com relação a taxa de juros nos EUA, previsão de menos corte em 2024, além de uma leve alta na expectativa dos juros para 2025 e 2026, que refletiu negativamente nos ativos de risco brasileiros. O mercado doméstico tem também os seus desafios, como as dúvidas ainda relacionadas a situação fiscal brasileira e o evento que houve com relação a possibilidade de não pagamento dos dividendos extraordinários da Petrobras.
Válido citar que o perfil Conservador, apesar de ser indicado como mais uma opção de perfil de preservação de capital, possui um nível de diversificação e risco maior que o Super Conservador, em virtude de ter em sua composição, mesmo que a exposição seja pequena, ativos de mais risco, como Renda Fixa de Longo Prazo e Renda Variável (doméstica e exterior), como pode ser observado no gráfico abaixo:
Composição Perfil Conservador
Todas as estratégias de investimentos contribuiram positivamente com o resultado: Renda Fixa +0,62%, Renda Variável +0,01%, Multimercado e Private Equity +0,24% e Exterior 0,15%, com excessão a Outros que foi -0,02%.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 5 anos, entrega um resultado real (acima da inflação) anualizado de 1,61% e desde 2006, 4,990% também anualizado.
Moderado
Indicadores | Março | Ano | 12 meses | 24 meses | 36 meses | 60 meses |
---|---|---|---|---|---|---|
Moderado | 1,01% | 1,29% | 13,46% | 13,10% | 14,87% | 39,32% |
CDI (RF Curto Prazo) | 0,83% | 2,62% | 12,36% | 27,25% | 35,40% | 45,96% |
IPCA (Inflação) | 0,16% | 1,42% | 3,93% | 8,876% | 21,05% | 32,67% |
Poupança | 0,53% | 1,64% | 7,61% | 16,54% | 21,60% | 28,41% |
IMA-S | 0,86% | 2,69% | 12,58% | 27,70% | 36,64% | 46,71% |
IRF-M | 0,54% | 1,68% | 14,02% | 27,21% | 29,99% | 47,67% |
IMA-B | 0,08% | 0,18% | 11,79% | 20,18% | 25,60% | 51,33% |
IMA-B 5 (RF Médio Prazo) | 0,77% | 2,05% | 9,60% | 20,98% | 31,52% | 56,07% |
IMA-B 5+ (RF Longo Prazo) | -0,55% | -1,51% | 13,37% | 19,08% | 19,48% | 44,84% |
Ibovespa (Bolsa de Valores) | -0,71% | -4,53% | 25,73% | 6,74% | 9,81% | 34,26% |
MSCI World em US$ | 2,98% | 8,43% | 23,09% | 11,49% | 21,06% | 61,53% |
Dólar | 0,26% | 3,20% | -1,66% | 5,45% | -12,31% | 28,19% |
MSCI World em R$ | 3,25% | 11,91% | 21,06% | 19,84% | 8,20% | 111,01% |
O perfil Moderado apresentou rentabilidade de +1,01% no mês. O resultado no mês foi melhor, se comparado com o CDI por exemplo, apesar dos desafios ainda existentes com relação a taxa de juros nos EUA, previsão de menos corte em 2024, além de uma leve alta na expectativa dos juros para 2025 e 2026, que refletiu negativamente nos ativos de risco brasileiros. O mercado doméstico tem também os seus desafios, como as dúvidas ainda relacionadas a situação fiscal brasileira e o evento que houve com relação a possibilidade de não pagamento dos dividendos extraordinários da Petrobras.
Composição Perfil Moderado
Todas as estratégias de investimentos contribuiram positivamente com o resultado: Renda Fixa +0,45%, Renda Variável +0,06%, Multimercado e Private Equity +0,29% e Exterior 0,21%, com excessão a Outros que foi 0,00%.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 5 anos, entrega um resultado real (acima da inflação) anualizado de 0,98% e desde 2006, 4,745% também anualizado.
Agressivo
Indicadores | Março | Ano | 12 meses | 24 meses | 36 meses | 60 meses |
---|---|---|---|---|---|---|
Agressivo | 1,12% | 0,82% | 14,47% | 10,68% | 10,92% | 38,74% |
CDI (RF Curto Prazo) | 0,83% | 2,62% | 12,36% | 27,25% | 35,40% | 45,96% |
IPCA (Inflação) | 0,16% | 1,42% | 3,93% | 8,876% | 21,05% | 32,67% |
Poupança | 0,53% | 1,64% | 7,61% | 16,54% | 21,60% | 28,41% |
IMA-S | 0,86% | 2,69% | 12,58% | 27,70% | 36,64% | 46,71% |
IRF-M | 0,54% | 1,68% | 14,02% | 27,21% | 29,99% | 47,67% |
IMA-B | 0,08% | 0,18% | 11,79% | 20,18% | 25,60% | 51,33% |
IMA-B 5 (RF Médio Prazo) | 0,77% | 2,05% | 9,60% | 20,98% | 31,52% | 56,07% |
IMA-B 5+ (RF Longo Prazo) | -0,55% | -1,51% | 13,37% | 19,08% | 19,48% | 44,84% |
Ibovespa (Bolsa de Valores) | -0,71% | -4,53% | 25,73% | 6,74% | 9,81% | 34,26% |
MSCI World em US$ | 2,98% | 8,43% | 23,09% | 11,49% | 21,06% | 61,53% |
Dólar | 0,26% | 3,20% | -1,66% | 5,45% | -12,31% | 28,19% |
MSCI World em R$ | 3,25% | 11,91% | 21,06% | 19,84% | 8,20% | 111,01% |
O perfil Agressivo apresentou rentabilidade de +1,12% no mês. O resultado no mês foi melhor, se comparado com o CDI por exemplo, apesar dos desafios ainda existentes com relação a taxa de juros nos EUA, previsão de menos corte em 2024, além de uma leve alta na expectativa dos juros para 2025 e 2026, que refletiu negativamente nos ativos de risco brasileiros. O mercado doméstico tem também os seus desafios, como as dúvidas ainda relacionadas a situação fiscal brasileira e o evento que houve com relação a possibilidade de não pagamento dos dividendos extraordinários da Petrobras.
Composição Perfil Agressivo
Todas as estratégias de investimentos contribuiram positivamente com o resultado: Renda Fixa +0,38%, Renda Variável +0,10%, Multimercado e Private Equity +0,33%, Exterior 0,26% e Outros que foi 0,05%.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 5 anos, entrega um resultado real (acima da inflação) anualizado de 0,90% e desde 2006, 4,517% também anualizado.