Resultado por Perfil de Investimentos:
O mês de março/22, apesar da continuidade do conflito entre a Ucrânia e Rússia, além do primeiro aumento da taxa básica de Juros dos EUA, desde 2018, os ativos em geral, com exceção ao dólar frente ao real, encerraram o mês entregando bons resultados
O grande ponto de atenção no mercado externo, ou melhor, ao redor do mundo, foi para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, iniciado em 24 de fevereiro de 2022. Diversos países, principalmente da região da Europa, mais os Estados Unidos, se manifestaram contra a invasão e impuseram diversas sanções econômicas e financeiras aos russos, com o objetivo de enfraquecer o acesso as suas reservas financeiras no exterior, que podem ter como destino alimentar o poderio bélico deles (russos), além de enfraquecer a economia russa de forma geral, impactando também grandes detentores de fortunas. Logicamente tem consequências globais as sanções, em virtude que a Rússia hoje é um dos principais exportadores de diversas commodities, como exemplo: petróleo, gás natural, grãos, metais, como alumínio, níquel e paládio, podendo afetar a cadeia de suplementos mundial, atualmente em modo de recuperação, ainda devido aos reflexos da pandemia provocada pela Covid-19.
Outro ponto que movimentou os mercados financeiros no mês, porém, com menor impacto, até porque os mercados já vinham considerando no preço dos ativos financeiros, foi o aumento da taxa básica de juros pelo FED, banco central americano, que aumentou os juros da faixa de 0% – 0,25% a.a. para 0,25% – 0,50% a.a. Esse movimento, conforme era esperado e viemos divulgando em nossas cartas, tem como objetivo conter a pressão inflacionária, após a retomada econômica devido ao maior controle da pandemia, além que há muito recursos financeiros nos mercados, em razão dos incentivos que foram colocados no respectivo desde março/2020. Atualmente os analistas de mercado, além de considerar que os EUA se encontram atrasados com a sua Política Monetária, para contenção da inflação, espera se mais aumento ao longo do ano, podendo a taxa encerrar 2022 com o teto entre 2% a.a. a 2,5% a.a.
Já o cenário doméstico, continuou com os bons ventos (ingresso de recursos) dos investidores estrangeiros, ainda aproveitando o mercado brasileiro, que conceitualmente ainda se encontra “barato”, mercado de ações por exemplo, se comparado com outros mercados. A renda fixa brasileira também tem captado razoavelmente, devido ao diferencial de juros existente atualmente entre os países desenvolvidos e o Brasil, pois, passa a ser um atrativo maior, ou seja, muitas vezes o investidor estrangeiro, americano como exemplo, contraem um empréstimo por uma taxa bem menor em seu país, vimos no parágrafo anterior que mesmo com o aumento na taxa de juros, o teto da taxa ainda está em 0,50%, enquanto a taxa básica de juros brasileira já se encontra em 11,75%, procedimento esse conhecido no mercado como carry trade. De largada, além de uma possível valorização do ativo e cambial com o tempo, ele ganha o diferencial de juros entre os países também.
Além do investidor estrangeiro, outro ponto que colaborou para o bom humor do mercado doméstico, inclusive contribuindo para o fechamento das curvas dos títulos de renda fixa (movimento que através da marcação a valor de mercado, contribui para obtenção de um retorno positivo) foi a sinalização do BACEN, banco central brasileiro informar após a sua reunião e depois através da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), órgão responsável em estabelecer as diretrizes monetárias e definição da taxa de juros, sinalizando que o ciclo de “aperto monetário” está próximo ao fim, sendo necessário apenas mais 1% de alta de juros, encerrando 2022 com uma taxa básica de juros de 12,75%.
Apesar das tensões externas, de modo geral os ativos apresentaram retornos positivos, com exceção ao dólar (US$) que depreciou frente ao real (R$), devido ao considerável fluxo do investidor estrangeiro que ainda continua para o Brasil, mas que não foi capaz de tirar o bom desempenho dos perfis de investimentos, sendo que todos encerraram o mês no campo positivo, com destaque aos perfis de mais risco, Moderado e Agressivo.
Índices de Mercado
IMA-S (carteira de Títulos Públicos Federais indexados, pós fixados pela Selic) IMA-B (carteira de Títulos Públicos Federais indexados à inflação, IPCA) | IRF-M (carteira de Títulos Públicos Federais, pré-fixados) | MSCI World (carteira de ações negociadas ao redor do mundo)
Superconservador
Indicadores | Março | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Perfil Super Conservador | 0,89% | 2,53% | 7,08% | 9,13% | 15,09% |
CDI | 0,92% | 2,42% | 6,41% | 8,77% | 14,70% |
IPCA (Inflação) | 1,62% | 3,20% | 11,30% | 18,09% | 21,99% |
Poupança | 0,60% | 1,67% | 6,39% | 12,95% | 19,92% |
IMA-B | 3,07% | 2,87% | 4,51% | 15,36% | 25,92% |
IMA-B 5 | 2,61% | 3,81% | 8,71% | 17,96% | 29% |
IMA-B 5+ | 3,56% | 1,90% | 0,34% | 12,38% | 21,64% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | 6,06% | 14,47% | 2,88% | 64,35% | 25,78% |
MSCI Word em US$ | 2,45% | -5,52% | 8,59% | 64,82% | 44,89% |
Dólar | -7,81% | -15,10% | -16,85% | -8,88% | 21,56% |
MSCI Word em BRL | -5,56% | -19,79% | -9,71% | 50,17% | 96.42% |
O perfil Super Conservador apresentou resultado de 0,89%. O perfil é composto por 98% de títulos públicos federais (Tesouro Selic, pós-fixado), que buscam refletir a taxa básica de juros, Selic. Na composição ainda há uma parcela de 2% de operações com os participantes (empréstimos).
Composição do Perfil Superconservador
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, entrega um resultado de 103% do CDI no acumulado.
Válido ressaltar também que esse perfil de investimentos apresenta um nível de risco inferior aos demais, por esse motivo a probabilidade é de apresentar um resultado menor ao longo do tempo, em função que o respectivo tem como característica preservação de capital, para aqueles participantes que estão próximos a se aposentar ou já estão aposentados ou são totalmente avesso ao risco.
Conservador
Indicadores | Março | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Perfil Conservador | 1,24% | 1,45% | 2,74% | 12,30% | 18,14% |
CDI | 0,92% | 2,42% | 6,41% | 8,77% | 14,70% |
IPCA (Inflação) | 1,62% | 3,20% | 11,30% | 18,09% | 21,99% |
Poupança | 0,60% | 1,67% | 6,39% | 12,95% | 19,92% |
IMA-B | 3,07% | 2,87% | 4,51% | 15,36% | 25,92% |
IMA-B 5 | 2,61% | 3,81% | 8,71% | 17,96% | 29,00% |
IMA-B 5+ | 3,56% | 1,9% | 0,34% | 12,38% | 21,64% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | 6,06% | 14,47% | 2,88% | 64,35% | 25,78% |
MSCI Word em US$ | 2,45% | -5,52% | 8,59% | 64,82% | 44,89% |
Dólar | -7,81% | -15,10% | -16,85% | -8,88% | 21,56% |
MSCI Word em BRL | -5,56% | -19,79% | -9,71% | 50,17% | 76,08% |
O perfil Conservador apresentou rentabilidade de 1,24% no mês, impactado positivamente pelo cenário doméstico, fluxo do investidor estrangeiro continua forte e a sinalização que o “aperto monetário” está próximo ao fim, adicionou valor para todas as estratégias do mercado doméstico.
O perfil Conservador possui um nível de diversificação e risco maior que o Super Conservador, em virtude de sua composição em ativos de mais risco, com Renda Fixa de Longo Prazo, Renda Variável e outros, conforme a seguir:
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Composição Perfil Conservador
As estratégias de Renda Fixa, Renda Variável e Multimercado + Private Equity, foram as que adicionaram valor no mês, contribuindo com 0,94%, 0,26% e 0,33%, respectivamente. Já a parcela de Investimento no Exterior foi detratora em -0,21%, em função da desvalorização do dólar, mas não foi suficiente para tirar o perfil de investimento do campo positivo.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, entrega um resultado de 123% do CDI no acumulado.
Moderado
Indicadores | Março | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Perfil Moderado | 2,22% | 2,83% | 1,57% | 19,89% | 23,19% |
CDI | 0,92% | 2,42% | 6,41% | 8,77% | 14,70% |
IPCA (Inflação) | 1,62% | 3,20% | 11,30% | 18,09% | 21,99% |
Poupança | 0,60% | 1,67% | 6,39% | 12,95% | 19,92% |
IMA-B | 3,07% | 2,87% | 4,51% | 15,36% | 25,92% |
IMA-B 5 | 2,61% | 3,81% | 8,71% | 17,96% | 29,00% |
IMA-B 5+ | 3,56% | 1,90% | 0,34% | 12,38% | 21,64% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | 6,06% | 14,47% | 2,88% | 64,35% | 25,78% |
MSCI Word em US$ | 2,45% | -5,52% | 8,59% | 64,82% | 44,89% |
Dólar | -7,81% | -15,10% | -16,85% | -8,88% | 21,56% |
MSCI Word em BRL | -5,56% | -19,79% | -9,71% | 50,17% | 76,08% |
O perfil Moderado apresentou rentabilidade de 2,22% no mês, impactado positivamente pelo cenário doméstico, fluxo do investidor estrangeiro continua forte e a sinalização que o “aperto monetário” está próximo ao fim, adicionou valor para todas as estratégias do mercado doméstico.
O respectivo apresenta resultado positivo maior, se comparado com o perfil Conservador, devido possuir uma exposição maior em Renda Variável (Ações) e Multimercado + Private Equity, que foram 2 das principais estratégias agregadoras de resultado no mês. Veja composição a seguir:
Composição Perfil Moderado
As estratégias de Renda Fixa, Renda Variável e Multimercado + Private Equity, foram as que adicionaram valor no mês, contribuindo com 0,83%, 1,18% e 0,41%, respectivamente. Já a parcela de Investimento no Exterior foi detratora em -0,15%, em função da desvalorização do dólar, mas não foi suficiente para tirar o perfil de investimento do campo positivo.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, entrega um resultado de 158% do CDI no acumulado.
Agressivo
Indicadores | Março | Ano | 12 Meses | 24 Meses | 36 Meses |
---|---|---|---|---|---|
Perfil Agressivo | 2,50% | 3,03% | 0,21% | 23,88% | 25,35% |
CDI | 0,92% | 2,42% | 6,41% | 8,77% | 14,70% |
IPCA (Inflação) | 1,62% | 3,20% | 11,30% | 18,09% | 21,99% |
Poupança | 0,60% | 1,67% | 6,39% | 12,95% | 19,92% |
IMA-B | 3,07% | 2,87% | 4,51% | 15,36% | 25,92% |
IMA-B 5 | 2,61% | 3,81% | 8,71% | 17,96% | 29% |
IMA-B 5+ | 3,56% | 1,9% | 0,34% | 12,38% | 21,64% |
IBOVESPA (Bolsa de Valores) | 6,06% | 14,47% | 2,88% | 64,35% | 25,78% |
MSCI Word em US$ | 2,45% | -5,52% | 8,59% | 64,82% | 44,89% |
Dólar | -7,81% | -15,10% | -16,85% | -8,88% | 21,56% |
MSCI Word em BRL | -5,56% | -19,79% | -9,71% | 50,17% | 76,08% |
O perfil Moderado apresentou rentabilidade de 2,50% no mês, impactado positivamente pelo cenário doméstico, fluxo do investidor estrangeiro continua forte e a sinalização que o “aperto monetário” está próximo ao fim, adicionou valor para todas as estratégias do mercado doméstico.
O respectivo apresenta resultado positivo maior, se comparado com o perfil Conservador, devido possuir uma exposição maior em Renda Variável (Ações) e Multimercado + Private Equity, que foram 2 das principais estratégias agregadoras de resultado no mês. Veja composição a seguir:
Composição Perfil Agressivo
As estratégias de Renda Fixa, Renda Variável e Multimercado + Private Equity, foram as que adicionaram valor no mês, contribuindo com 0,71%, 1,63% e 0,40%, respectivamente. Já a parcela de Investimento no Exterior foi detratora em -0,13%, em função da desvalorização do dólar, mas não foi suficiente para tirar o perfil de investimento do campo positivo.
Atribuição de Performance
Importante destacar que esse perfil ao longo do tempo, precisamente nos últimos 36 meses, está entregando um resultado de 172% do CDI no acumulado.