.

Para contextualizar o momento atual, ao final de 2019 vínhamos de um período de forte valorização das bolsas ao redor do mundo, juros em níveis muito baixos, grande liquidez nos mercados e spreads de crédito soberanos e corporativos nas mínimas históricas. Havia quase um consenso de que o cenário para 2020 seria de crescimento econômico sincronizado entre as economias desenvolvidas e emergentes e os ativos de risco iriam se beneficiar com essas condições.
Contrariando as expectativas acima, iniciamos o ano com os ruídos de surgimento de um novo vírus na China e que se espalhou rapidamente pelo mundo. O mês de março foi marcado por um grande choque negativo nos mercados globais. A pandemia de Coronavírus foi responsável pela crise sem precedentes observada nos mercados financeiros, seja pela intensidade, magnitude ou, principalmente, pela velocidade da queda nos preços dos ativos de risco.
Diferente de outras crises, essa é uma crise de saúde pública e não teve seu início em desbalanceamentos econômicos. Desde o início teve impacto real na vida de grande parte da população, tanto pela necessidade de mobilização para o lockdown, como por aspectos psicológicos em relação ao risco para a saúde.
Março foi um dos piores meses da história, chamado pelo mercado financeiro de “tempestade perfeita” com praticamente todas as categorias de gestão ativa sendo fortemente impactadas. A bolsa despencou, o Dólar disparou, os títulos pré-fixados de médio e longo prazo se desvalorizaram e o risco de crédito se deteriorou.
Tivemos o colapso no preço do petróleo derivado tanto desse choque de demanda, quanto de oferta pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, adicionando incerteza ao cenário e trazendo preocupações para a indústria de energia. Outros setores como turismo, entretenimento e serviços também sofreram forte impacto negativo. Isso tudo gerou uma forte aversão a risco por parte dos agentes e grande disfuncionalidade dos mercados globais. Com isso as projeções de PIB para 2020 foram revisadas para baixo no mundo todo, sendo que no Brasil foi de -5.3% de acordo com o FMI.
Cabe ressaltar, que a velocidade da queda e o aumento da volatilidade foram dos mais Significativos da história, onde a busca por liquidez de curto prazo sacrificou os preços dos ativos inclusive da renda fixa.

RF IG US = Renda fixa grau de investimento USRF
HY US = Renda fixa high yield US
PERSPECTIVAS
Em relação ao cenário prospectivo, será crucial avaliar a eficácia da estratégia de isolamento social na contenção do alastramento do coronavírus para então termos alguma visibilidade quando, e em que magnitude, uma recuperação da atividade global acontecerá. Outro ponto que poderia trazer uma resposta mais rápida de recuperação seria a descoberta de um medicamento eficaz no combate do vírus ou uma vacina.
O ponto positivo do enfrentamento da crise está sendo na resposta rápida e profunda nas políticas econômica, monetária e fiscal. Como exemplo o pacote de estimulo americano que é de 2 trilhões de dólares que corresponde 6% do PIB, algo jamais visto na história.
O conjunto de medidas adotado pela maioria dos países foi bastante similar. Nesse sentido é provável que haja uma grande sincronia na retomada de suas econômicas.
Outro ponto é que a origem do problema não foi o sistema financeiro, que se encontra mais bem capitalizado e regulado, o que leva a crer que a recuperação econômica possa ser mais rápida dessa vez.
Em países onde a pandemia já se encontra controlada, como por exemplo a China notamos uma recuperação gradual em sua economia. No gráfico abaixo já se nota um consumo muito maior de carvão que é a base de energia da Chinesa.

Syngenta Previ
Nossa carteira seguindo a reação do mercado, também foi fortemente impactada pela volatilidade ao longo do mês. Todas as classes de ativos, sofreram impactos negativos inclusive a renda fixa.
Diante de uma crise sem precedentes e sem uma visão clara de até quando irá durar. Nosso comitê de investimentos continua trabalhando com muita cautela e seguindo de forma disciplinada nosso processo de governança. Porém esse é um momento de parcimônia, prudência e paciência na tomada de decisão. E mais que nunca é importante reforçar a visão do Longo prazo.
Super conservador
Esse perfil foi desenhado para rentabilizar ao redor do CDI, porém como dito anteriormente essa crise foi sem precedente, afetando a renda fixa também como jamais visto na história. Em março rendeu -1.37%a.m. Porém pode-se observar que em janelas a partir de 12 meses o perfil entrega a sua meta. Esse perfil é composto de 100% em renda fixa, sendo: 51% em LFT que apresentou 0.32%a.m. seguindo o CDI. 29.99% de Crédito Privado que apresentou -2.69%a.m. devido a grande busca de liquidez no mercado, isso provocou um impacto significativo no preço dos ativos que tem maior liquidez. Por hora essa categoria não está com risco de solvência. 19.01% em títulos públicos pré e pós fixados que apresentou -3.56%a.m. devido ao cenário de aumento de risco que provocou essa volatilidade negativa. Isso não significa que é uma perda permanente, uma vez que esses ativos sendo levados até o vencimento sempre terão rendimento positivo.



Estatística de 36 meses:
Resultado 23 meses acima do CDI
Resultado 13 meses abaixo do CDI
Resultado 33 meses Positivos
Resultado 03 meses Negativos
Mês de Maior Retorno: 2.78% a.m.
Mês de Pior Retorno: -1.54% a.m.
Conservador
Esse Perfil em março apresentou -6.76%a.m. e é composto por 64.89% títulos públicos pré e pós fixados que apresentou -3.56%a.m. devido ao cenário de aumento de risco que provocou essa volatilidade negativa. Isso não significa que é uma perda permanente, uma vez que esses ativos sendo levados até o vencimento sempre terão rendimento positivo. 16.37% de Crédito Privado que apresentou -2.69%a.m. devido a grande busca de liquidez no mercado, isso provocou um impacto significativo no preço dos ativos que tem maior liquidez. Por hora essa categoria não está com risco de solvência. 8.21% Multimercado que apresentou -7.35%a.m. impactado negativamente pelo combo Brasil. 8.74% em bolsa que apresentou -30,21%a.m. seguindo a queda do mercado. 1.79% de fundos no exterior que apresentou resultado de -4.24%a.m. puxado pelo movimento por busca de liquidez no cenário global para renda fixa.
Vale ressaltar que mesmo passando pela pior crise da história, na visão de longo prazo, em janela à partir de 24 meses o perfil entrega resultado acima do CDI.



Estatística de 36 meses:
Resultado 20 meses acima do CDI
Resultado 16 meses abaixo do CDI
Resultado 28 meses Positivos
Resultado 08 meses Negativos
Mês de Maior Retorno: 3.60% a.m.
Mês de Pior Retorno: -6.75% a.m.
Moderado
Esse Perfil em março apresentou resultado de -10.56%a.m. e é composto por 49.94% títulos públicos pré e pós fixados que apresentou -3.56%a.m. devido ao cenário de aumento de risco que provocou essa volatilidade negativa. Isso não significa que é uma perda permanente, uma vez que esses ativos sendo levados até o vencimento sempre terão rendimento positivo. 14.51% de Crédito Privado que apresentou -2.69%a.m. devido a grande busca de liquidez no mercado, isso provocou um impacto significativo no preço dos ativos que tem maior liquidez. Por hora essa categoria não está com risco de solvência. 11.17% Multimercado que apresentou -7.35%a.m. impactado negativamente pelo combo Brasil. 20.58% em bolsa que apresentou -30,21%a.m. seguindo a queda do mercado. 3.809% de fundos no exterior que apresentou resultado de -4.24%a.m. puxado pelo movimento por busca de liquidez no cenário global para renda fixa.
Vale ressaltar que esse perfil permite um pouco mais de risco, porém é natural que sofra mais com os efeitos da volatilidade. Mesmo passando pela pior crise da história ao olharmos com visão para o longo prazo, na janela de 36 meses o perfil entrega resultado por volta de 130% do CDI.



Estatística de 36 meses:
Resultado 20 meses acima do CDI
Resultado 16 meses abaixo do CDI
Resultado 27 meses Positivos
Resultado 09 meses Negativos
Mês de Maior Retorno: 4.26% a.m.
Mês de Pior Retorno: -10.56% a.m.
Agressivo
Esse Perfil em março apresentou -12.72%a.m. e é composto por 40.23% títulos públicos pré e pós fixados que apresentou -3.56%a.m. devido ao cenário de aumento de risco que provocou essa volatilidade negativa. Isso não significa que é uma perda permanente, uma vez que esses ativos sendo levados até o vencimento sempre terão rendimento positivo. 12.38% de Crédito Privado que apresentou -2.69%a.m. devido a grande busca de liquidez no mercado, isso provocou um impacto significativo no preço dos ativos que tem maior liquidez. Por hora essa categoria não está com risco de solvência. 13.07% Multimercado que apresentou -7.35%a.m. impactado negativamente pelo combo Brasil. 28.74% em bolsa que apresentou -30,21%a.m. seguindo a queda do mercado. 5.58% de fundos no exterior que apresentou resultado de -4.24%a.m. puxado pelo movimento por busca de liquidez no cenário global para renda fixa.
Vale ressaltar que esse perfil permite um pouco mais de risco, porém é natural que sofra mais com os efeitos da volatilidade. Mesmo passando pela pior crise da história ao olharmos com visão para o longo prazo, na janela de 36 meses o perfil entrega resultado por volta de 130% do CDI.



Estatística de 36 meses:
Resultado 20 meses acima do CDI
Resultado 16 meses abaixo do CDI
Resultado 28 meses Positivos
Resultado 08 meses Negativos
Mês de Maior Retorno: 4.76% a.m.
Mês de Pior Retorno: -12.72% a.m.
Atenciosamente,
Comitê de Investimentos Syngenta Previ
Em caso de dúvidas por favor contatar via e-mail
lia.kuniyoshi@syngenta.com ou cintia.silva@syngenta.com estamos à disposição.